terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O que você espera de dezembro

E aí, gente linda!
Hoje abrimos o mês mais esperado do ano: Dezembro!
Nele se externam todas as boas vibrações e os desejos profundos de que a fé se renove e de que tudo seja lindo e doce e perfeito.
A frase bordada pauta toda a minha trajetória no artesanato: tudo que faço seria vazio e sem sentido se o desejo maior não fosse tocar o coração das pessoas. Tenho conseguido isso. Vejo os frutos do meu afeto. E isso me basta. Gosto de likes, de seguidores, de elogios? Claro! Mas se o que eu faço servir apenas à isto, não terá valido de nada. Porisso amo os recadinhos que me dizem que um determinado trabalho, ou postagem, tocou o coraçao, inspirou, alegrou, trouxe lembranças à tona... é pra isso que eu derramo meu ser em tudo que faço. Pra que o outro ser, do outro lado da tela, sinta que aqui existe alma e afeto e sentido
Mas eu tava lendo uma publicação no blog da Lu Gastal e me identifiquei um pouco...
Às vezes a gente passa um ano inteiro agindo errado, não valorizando quem valoriza a gente, tratando os outros como objeto, não destinando um simples bom dia às pessoas que passam por nós, deixando a cara ruim tomar o lugar dos sorrisos que deveriam vir fartos, dizendo palavras ruins quando poderia simplesmente manter a boca fechada pra não magoar as pessoas.
Refleti sobre o quanto somos egoístas e o quanto vivemos apenas atrás de likes, nessa vida virtual que escolhemos por padrão.
A gente vive atrás de ser legalzinho, não aceita os dias ruins, veste máscaras pra se mostrar pro público e, no fim, esquece de viver a vida real, de privilegiar quem vive ao nosso lado, de alegrar a vida daqueles que lutam conosco nossas batalhas diárias, de promover a concórdia entre os amigos que nos rodeiam.
Mas peraí... não posso parar! Meu público me espera! Espera de mim o sorriso bonito na selfie, o ângulo perfeito, a frase de impacto bem escolhida, o texto talhado pra me fazer crer (e aos outros também) que a vida que levo é perfeita e que eu sou alguém maravilhoso.
Aí você me diz: "Poxa, Bruna... quanta amargura pra um início de dezembro... Cadê o espírito natalino? Cadê a alegria? Cadê a gratidão?"...
E eu te respondo: esteve comigo o ano inteiro. Em cada passo dado, em cada momento vivido. Em cada palavra que eu escolhi cuidadosamente ao lidar com o outro, fosse quem fosse. amigo, colega, parceiro de projeto, professor, aluno ou apenas alguém que passou por mim e a quem eu destinei algum sorriso, mesmo que o dia estivesse uma merda.
2015 foi e está sendo um ano bem duro pra mim. Produtivo, criativo, cheio de coisas boas, mas cheio de aprendizados pessoais sofridos. Me refiz umas duas vezes esse ano. Experiência dura essa, causada por ninguém menos que eu mesma. Tive que rever alguns atos, replanejar minha vida, aprender a dar valor ao que realmente tem valor. A duras penas tive que avaliar meus atos e refilar meu modo de agir. Fiz faxina: na alma, na lista de amigos, nos sentimentos, no ateliê... Tudo foi realocado, mas nada foi jogado no lixo. Lixo é o último destino. Não costumo descartar nada: coisas e nem pessoas. Crio laços afetivos com tudo e todos.
Por isso, ontem, enquanto eu terminava essa peça da foto, me peguei refletindo sobre essas coisas todas que disse... E acredito que a gente não deve ficar guardando nosso lado bom, dócil e grato pro último mês do ano não. Eu fiz muito isso... chegava dezembrão e eu ia agradecer, pedir perdão, refazer laços, rever conceitos... Coitado de dezembro, carregando toda essa responsabilidade...
Hoje, quando esse mês se iniciou, olhei pra ele e disse: "Dessa vez você vai ser só mais um mês, sem responsabilidades maiores, baby. Apenas flua... Deixe vir as festas... Chegue e saia sem fazer alarde. E já mande um recado pra 2016. Ele será um ano lindo, pleno e de dias felizes e gratos e cheios de sentimentos bons. Lamento, dezembro, mas um gosto amargo eu te deixo: guarde consigo todas as mágoas e sentimentos ruins, principalmente meu egoísmo. No mais, seja livre!"
E pra vocês, que me acompanham aqui, desejo um dezembro lindo, leve e solto! 

Beijos!
Bruna Damazo

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